Vereadores se juntam aos fiéis e manifestam fé e devoção durante celebração pela canonização de Santa Dulce dos Pobres

“Um dia de manifestação de fé e de emoção para ficar na história”. Assim, os vereadores definiram a celebração de Ação de Graças em reverência a canonização de ‘Santa Dulce dos Pobres’, realizada neste domingo (3), na Praça da Bíblia, onde reuniu uma multidão de pessoas que ocupou o espaço, especialmente, os fiéis católicos acompanhados de familiares e amigos.

Os vereadores Orlando de Amadeu (PSDB), presidente da Casa Legislativa, Adailton Caçambeiro (PRP), Everton Paim (PSD), o líder do Governo, Manoel Almeida “Neco” (PSD), Vel do Povo (PRP), além do prefeito Diógenes Tolentino, a primeira-dama e deputada estadual Kátia Oliveira, o vice-prefeito Sid Serra, os secretários Edson Kipão (Segov), Carlos Neto (Seinfra) e demais autoridades marcaram presença onde se juntaram a devotos religiosos que participaram da celebração em homenagem ao “Anjo Bom da Bahia”.

A festividade religiosa teve início por volta das 15h, em frente ao Centro Educacional Santo Antônio (CESA), onde houve um ato religioso de lançamento da Pedra Fundamental intitulada “Santa Dulce dos Pobres”, ponto de partida dos fiéis que seguiram em caminhada até a Praça da Bíblia onde houve o ato de condução da imagem e relíquias da Santa Baiana e a Santa Missa com a presença de Dom Tommaso Cascianelli, bispo de Irecê, que durante muitos anos foi diretor espiritual do Anjo Bom da Bahia, do bispo diocesano Dom João Carlos Petrini e padres da Diocese de Camaçari.

A Missa de Ação de Graças foi presidida pelo Dom João Carlos Petrini que, sempre sorridente, encantou a todos com o seu jeito simples de ser e trouxe um novo ânimo. Ao chegar para celebrar a Santa Missa, fez questão de passar no meio do povo até chegar ao local, abraçando e, carinhoso, cumprimentou as pessoas. “Obrigado por me convidar e estou feliz por estar com vocês nesta celebração”, disse.

Durante o momento da missa, Dom Petrini destacou a trajetória de Irmã Dulce pelo legado de solidariedade e de amor ao próximo como referência de vida cristã.

“Ela iniciou uma grande obra há décadas atrás que, até hoje, continua tendo o seu significado. Para nós, ela nos deixa um exemplo de dedicação movida por Cristo para encontrar soluções e respostas ao sofrimento e aos problemas de pessoas abandonadas ou em situações muito precárias de vida. Para nós, ela é um modelo de vida. Quando entendemos pelos milagres que ela realizou, ela está próxima de Deus, assim como o Papa canonizando-a nos garante essa proximidade de está junto de Deus. Ela se torna para nós não somente um modelo, um exemplo de vida cristã, mas também uma intercessora junto a Deus pela sua proximidade com ele”, enfatizou Petrini, que fez questão de ressaltar a alegria de pedir para que todos rezem pela Santa Dulce.

O ponto alto da celebração foi às palavras de Dom Tommaso Cascianelli que descreveu momentos valiosos quando conviveu de perto com Irmã Dulce até a sua morte e deixou uma mensagem de amor dedicada ao público presente. “Irmã Dulce é a nossa santa. Que a canonização dela seja um redespertar, um acordar para o nosso povo da Bahia entender que o amor está acima de tudo e fazer o bem vale muito mais do que tantas outras coisas”, expressou Dom Tommaso.

A Missa contou também com a presença do Padre Rogério, Padre Edwin, Padre Paulo Bitencourt, Padre José Miguel e Padre Marcos Almeida, além de representantes das diversas equipes paroquiais e milhares de fiéis que compõem o território diocesano.

A celebração foi uma grande manifestação de fé, amor e comunhão. Durante a celebração, cânticos religiosos foram executados em louvor à Santa Dulce, que muito disseminou a caridade, a solidariedade e o amor ao próximo.

A emoção tomou conta das autoridades e do público presente na celebração pela canonização da Santa Dulce durante a festividade religiosa que também faz parte das comemorações ao aniversário de 58 anos de Emancipação Política da cidade.

Para o mandatário do Legislativo, a celebração marca a renovação da fé. “Esta celebração tem um significado muito forte que marca o processo de reconhecimento de Irmã Dulce como Santa Dulce. Que a Santa Dulce possa nos abençoar e nos iluminar para que a gente possa cumprir nosso intuito de cada vez mais trabalhar por nossa cidade”, frisou o presidente Orlando de Amadeu.

“Aqui em Simões Filho, foi um momento de muita fé. Irmã Dulce, primeira santa do país, a Santa Irmã Dulce dos Pobres, representa solidariedade e amor ao próximo”, sintetizou o vereador Everton Paim.

O vereador Vel do Povo (PRP) ressaltou a importância do legado deixado por Irmã Dulce como exemplo de amor e de solidariedade pela vida das pessoas mais carentes e destacou a manifestação de fé do povo como grandiosa. “É uma celebração histórica e marcante em nossa cidade. Simões Filho recebeu esta grande graça através dessa homenagem à Irmã Dulce. Isso é uma coisa muito forte que marca a história da cidade e demonstra a relação do nosso povo com a fé”, declarou Vel. “Que a Santa Dulce continue sendo uma intercessora diante de Deus a cuidar da nossa cidade e do nosso povo”, desejou.

Em sessão ordinária, a Câmara aprovou por unanimidade um Requerimento nº 001/2019 que propõe a realização de uma Sessão Especial em homenagem a Irmã Dulce com data ainda não prevista. A proposição foi feita pelo vereador Vel como forma de reconhecimento do legado de solidariedade e de amor ao próximo deixado pelo ‘Anjo Bom da Bahia’, a Santa Dulce.

Após a missa, as apresentações da cantora Juliana de Paula, da Canção Nova, e do Ministério de Música Graça do Espírito Santo (MMGES), de Camaçari também fizeram parte da celebração à Santa Dulce.

Santa Dulce

Irmã Dulce recebeu o título de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial da celebração de sua festa litúrgica. O significado da data remete a 1933, quando a jovem Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nascida em 26 de maio de 1914, em Salvador, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão/SE. Naquele mesmo ano, no dia 13 de agosto, com 19 anos de idade, ela recebeu o hábito e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.

Em 1949, Irmã Dulce ocupou um galinheiro ao lado do convento, após a autorização de sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa marca as raízes da criação das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país, com 4,6 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano. Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, e hoje, o Anjo Bom da Bahia foi recentemente canonizada como Santa Dulce pelo Vaticano.

Santa Dulce conviveu em Simões Filho, onde em 1964 foi fundado o orfanato. A freira baiana abrigava crianças sem referência familiar e que atualmente é um dos 21 núcleos de atendimento das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).

Em 1994, tornou-se o Centro Educacional Santo Antônio (CESA), escola em tempo integral, com foco na qualidade do ensino básico, atendendo cerca de 787 crianças e adolescentes em situação e vulnerabilidade social. O Centro oferece ainda acesso à arte-educação, inclusão digital, iniciação profissional, atividades esportivas, assistência odontológica, alimentação, fardamento e material escolar gratuitos.

O complexo dispõe de uma unidade de sustentabilidade, o Centro de Panificação, responsável pela produção e comercialização de variados tipos de pães, panettones e outros produtos, cuja receita das vendas é totalmente revertida para a manutenção de suas atividades.

Confira os melhores registros da missa em homenagem a Santa Dulce dos Pobres

 

Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Simões Filho (Ascom CMSF)

Redação: Rafael Santana (Jornalista SRTE-BA 2932)

Crédito da foto: Rafael Santana