Comissão da Câmara e de Moradores discutem com Agerba e Expresso Metropolitano soluções para impasse das linhas 822 e 872 que ligam Aratu, Ilha de São João, Mapele, São Raimundo e adjacências

Reunião para solucionar o transporte

Em reunião presencial e por vídeoconferência, simultaneamente, no plenário da Câmara na tarde desta quarta-feira (20), a Comissão de Transporte da Casa e a Comissão de Moradores discutiram, junto com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) e a Empresa Expresso Metropolitano, soluções para minimizar os impactos da retirada das linhas de transporte público coletivo 822 e 872 que ligam as localidades de Aratu, Ilha de São João, Mapele, São Raimundo, Santa Luzia e adjacências, além de cumprimento dos horários dos ônibus para atender as comunidades, mesmo diante do período de pandemia do Coronavírus (Covid-19).

Pariticiparam da discussão o presidente da Câmara, Orlando de Amadeu (PSDB), os vereadores Arnoldo Simões (Republicanos), Cleiton Bolly Bolly (MDB), Laecio Valentim (Podemos), Manoel Carteiro (Republicanos), os integrantes da Comissão de Moradores, os representantes da Agerba, Carlos Henrique de Azevedo Martins (Diretor Executivo), Cecílio Albuquerque e Pedro Jorge, além da Procuradoria Jurídica representada pelo Dr. Robson Cássio Pinheiro Pinto e Dra. Thaiane Larissa Brito da Hora e do presidente da Cooperativa dos Trabalhadores em Transporte Alternativo da cidade (Coopertrans), Alberto de Avelar.

Reunião para solucionar o transporte

A reunião foi motivada a partir das demandas apresentadas pelos representantes da Comissão de Moradores à Comissão de Transporte da Casa Legislativa que, após a primeira reunião, oficializou solicitação de esclarecimento por parte da Agerba e da Expresso Metropolitano referente a retirada das linhas e do descumprimento dos horários dos ônibus da Empresa Expresso Metropolitano que presta serviço de transporte público no município. O encontro aconteceu por intermédio da deputada estadual Kátia Oliveira.

Durante a discussão, o vereador Manoel Carteiro (Republicanos), representante de Mapele, explicou que o objetivo do debate é encontrar uma solução para manter as linhas e a permanência ou a ampliação dos horários dos ônibus coletivos da empresa Expresso Metropolitano para atender o pleito da comunidade.

“A comunidade precisa do transporte o dia todo porque há movimentos de pessoas que trabalham. A gente precisa manter mais horários porque tem pessoas que necessitam do transporte. Faço um apelo para essa modificação para movimentar o Lobato até o Terminal da França, Baixa do Fiscal, São Joaquim e Terminal da França x Estação Pirajá. É preciso manter mais horários porque tem pessoas que necessitam do transporte público urbano fundamental na vida das pessoas que dependem desse meio de locomoção e nós temos que criar alternativas no sentido de dar ao transporte público uma melhor condição para beneficiar a comunidade que não está se sentindo contemplada”, apelou Carteiro, que sugeriu da empresa a criação da linha Simões Filho x Cotegipe x Santa Luzia.

Em sua intervenção, o vereador Laécio Valentim (Podemos) cobrou uma solução imediata para beneficiar a comunidade de Ilha de São João onde representa. “Desse jeito, a comunidade vai procurar outras empresas. Isso só tem feito as pessoas sofrerem e não está atendendo a comunidade. A gente espera o bom senso para que a nossa comunidade sofra menos. Qual é a solução que a empresa tem a oferecer?”, ponderou Laécio, que voltou a exigir fiscalização por parte da Agerba.

Segundo o vereador Cleiton Bolly Bolly (MDB), o problema atual do transporte público é antigo e considera que o momento é de buscar o consenso entre as partes envolvidas, mesmo diante do enfrentamento ao Covid-19. “Sou conhecedor dessa dificuldade que é uma demanda antiga. Não é culpa da pandemia. O problema existe e é difícil. Nós temos que buscar o entendimento que seja importante para todos, pois não pode só beneficiar uma classe em detrimento dos menos favorecidos”, afirmou.

Neste contexto, o presidente da Câmara, Orlando de Amadeu (PSDB), lembrou do direito de ir e ver das pessoas que, mesmo diante do período da pandemia, sofrem com dificuldades no transporte. “Estamos preocupados com essas pessoas, com vidas e nós sabemos que essa pandemia pode prejudicar muito”, disse o presidente.

Impasse

As explicações oferecidas pelos representantes da Agerba e da Expresso Metropolitano não foram consideradas satisfatórias pelas comunidades. Morador do bairro de Ilha de São João, Rafael reiterou que as linhas foram retiradas e os horários dos ônibus não tem sido cumpridos, mas cobra um retorno das reivindicações apresentadas.

“Um ofício enviado pela Agerba informa que as linhas não foram retiradas, porém essas linhas não existem mais na comunidade. Porque as linhas não estão mais rodando em nossas comunidades e porque os horários não estão sendo cumpridos? É falta de respeito da Agerba com a comunidade e fez isso sem que  a comunidade tivesse conhecimento”, questionou o morador.

Neste sentido, vereadores e representantes das comunidades apontaram problemas de falta de prestação do serviço de transporte público pela Expresso Metropolitano e de fiscalização a empresa. Para eles, a retirada das linhas e o não cumprimento dos horários tem sido alvo de constantes reclamações das comunidades. Os moradores das localidades citadas sofrem um impacto com a falta de transporte.

De acordo com o presidente da Comissão de Moradores (MAIS), Domingos Ferreira, as comunidades sofrem com as mudanças promovidas pela empresa Expresso Metropolitano e com a falta de fiscalização pela Agerba.

“Nós temos pessoas de Mapele, Santa Luzia, Ilha de São João, São Raimundo, Cotegipe e acredito que não seja somente uma dor dessas comunidades, mas sim, do município que vem sofrendo há muito tempo com o desserviço dessa empresa. No dia 16 de abril, a empresa retirou as linhas das comunidades, ou seja, as linhas 822 e 872 de uma maneira muito brusca. Nós não fomos avisados em momento algum, fomos pegos de surpresa e essa não é a primeira vez, já aconteceu outras vezes e a comunidade sofre nessa situação. Nós estamos reunidos com a Comissão trabalhando em prol das nossas comunidades e nós queremos saber qual a posição da Agerba com relação a essas mudanças para a nossa comunidade? Queremos ver com a Agerba que denominador nós iremos chegar? Do jeito que está, a comunidade não aceita sofrer dessa forma, pois têm pessoas que dependem desse transporte e muita gente está prejudicada com essa situação e estamos intermediando junto com a Comissão da Câmara para vê o que pode fazer porque nós estamos de mãos atadas e esperamos que tenhamos êxito em todas essas questões”, relatou Domingos.

Em resposta, o representante da Agerba, Pedro Jorge, esclareceu que as linhas 822 e 872 não foram retiradas e a mudança dos horários dos ônibus ocorreu como medida de prevenção para evitar aglomerações de pessoas durante o período de pandemia do Coronavírus.

Soluções

Entre as soluções para a melhoria do transporte público coletivo expostas pelos participantes da reunião, está a intermediação e a fiscalização da Agerba com a Expresso Metropolitano para resolver este impasse.

Com as informações levantadas, a Comissão de Transporte e a Comissão de Moradores querem maior empenho e fiscalização por parte da Agerba, com rigorosa fiscalização à empresa de transporte.

Em reunião realizada por videoconferência, o representante da Agerba, Cecílio Albuquerque, garantiu aos representantes das Comissões Permanentes da Casa, que o órgão vai manter o contato direto com a Expresso Metropolitano para atender ao pleito das comunidades.

 

Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Simões Filho (Ascom CMSF)

Redação: Rafael Santana (Jornalista SRTE-BA 2932)

Crédito da foto: Rafael Santana