A proposta de adesão ao modelo de Escola Cívico-Militar foi tema de discussão de Audiência Pública que aconteceu na manhã desta quinta-feira (10), no plenário da Câmara Municipal. O encontro foi promovido pela Prefeitura de Simões Filho, através da Secretaria de Educação (Semed).
Além do prefeito Diógenes Tolentino e do presidente da Câmara, vereador Orlando de Amadeu (PSDB), estavam presentes na audiência os vereadores Adailton Caçambeiro (PRP), Arnoldo Simões (PRB), o presidente da Comissão de Educação, Everton Paim (PSD), Genivaldo Lima (DEM) e Luciano Almeida (MDB), o 1º Tenente da 22ª Companhia Independente da Polícia Militar (22ª CIPM), Elcimar Moreira Silva, o professor e representante da APLB – Sindicato, Marivaldo Junior, secretários municipais e líderanças políticas. Além da presença de professores, estudantes de escolas estaduais e municipais e da população, boa parte do plenário foi composto por autoridades locais.
Em discurso, o presidente da Câmara, Orlando de Amadeu, ressaltou que a decisão sobre a proposta de adesão ao Programa Nacional de Escolas Cívico-Militar em Simões Filho é do povo da cidade. “Cabe a população escolher o que é melhor. O que a população decidir, nós vereadores vamos apoiar a decisão”, disse o mandatário do Legislativo.
Ao fazer uso da palavra, o prefeito Diógenes Tolentino defendeu a participação popular na decisão de adesão ao modelo de educação proposto pelo Programa do Governo Federal.
“Nós estamos trabalhando em prol de uma cidade cada vez melhor. Conversamos com a comunidade e nesse sentido, estamos promovendo esse encontro de consulta pública, para encaminharmos o nosso desejo em aderir ao Programa. A população há tempos vem reivindicando nesse sentido e como o diálogo é uma prerrogativa dessa administração, hoje estamos aqui mais uma vez para decidirmos e esclarecer sobre o tema”, explicou o prefeito.
O presidente da Comissão de Educação da Casa, vereador Everton Paim (PSD), também defendeu o modelo cívico-militar de ensino na Escola Padre Luiz Palmeira. “Nós queremos a escola cívico-militar, agora a responsabilidade é de todos”, enfatizou Paim.
O secretário municipal de Educação, Reginaldo Paiva, que participou da audiência, afirmou que o argumento que respalda a escola militar é a qualidade dos resultados que ela tem trazido à sociedade.
“Queremos garantir excelência no ensino, transmitir valores morais, disciplina, amizade, patriotismo, o respeito à família e ao professor em sala de aula”, defendeu o titular da pasta da Semed em sua fala endossada pela superintendente de Gestão Pedagógica, Heliene Mota, que fez a apresentação do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militar.
“Essa iniciativa contribui para uma educação ainda melhor e promove a melhoria da qualidade do ensino. A comunidade escolar abraça essa causa e estamos mobilizados em contribuir para a consolidação desse modelo de gestão e ensino. Além de possibilitar e aprimorar técnicas de ensino e o sentimento e comportamento cívico”, pontuou Eliane Nascimento, gestora da Escola Padre Luiz Palmeira, onde pode ser implementada a proposta de educação cívico-militar.
O 1º Tenente da 22ª Companhia Independente da Polícia Militar (22ª CIPM), Elcimar Moreira Silva, que é também professor, classificou importante o Padre Luiz Palmeira receber uma estrutura de Escola Cívico-Militar para proporcionar métodos cívico-militares no ensino.
“Todas as escolas militares têm aprovação excelente. Quem vai ganhar não são apenas os estudantes, mas toda a sociedade de bem. Se a cidade de Simões Filho iniciar essa caminhada já está no caminho certo”, afirmou.
O professor e representante da APLB – Sindicato, Marivaldo Júnior, um dos exemplos de estudante de escola cívico-militar, destacou que o modelo zela pela qualidade da educação e do conhecimento e pelo respeito de família, de valores morais e ao professor. “Esse modelo fomenta a disciplina e a hierarquia”, ressaltou.
Como funciona
O modelo de Escola Cívico-Militar é uma proposta do governo federal, através do Ministério da Educação, para uma gestão escolar compartilhada entre educadores e militares, diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as secretarias estaduais/municipais de educação continuam responsáveis pelos currículos escolares e caberia aos militares à atuação como monitores na gestão educacional. Na prática, a gestão da escola é compartilhada: professores cuidam da parte pedagógica e os militares, da administração e da disciplina.
Segundo o Ministério da Educação, a proposta do governo é implementar 216 escolas cívico-militares até 2023 com o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares em todo o País. Somente em 2020, o objetivo será 54 unidades. O foco do programa é ter uma gestão de excelência com uma equipe híbrida composta por civis e militares. Têm preferência as instituições de ensino com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e em situação de vulnerabilidade social.
Para aderir, os municípios devem solicitar junto à Secretaria Estadual de Educação, uma vez que, inicialmente, serão dois colégios por unidade da Federação.
Confira fotos da Audiência Pública
Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Simões Filho (Ascom CMSF)
Redação: Rafael Santana (Jornalista SRTE-BA 2932)
Crédito da foto: Dan Coutinho